Como contar às pessoas sobre a sua conversão ao judaísmo
Não há uma resposta correta à pergunta de quando contar às pessoas sobre a sua decisão de se converter ao judaísmo. Nesta seção será discutido o modo de contar aos seus pais sobre sua intenção de se converter, embora essas idéias gerais valham também para o caso de você decidir contar sobre a sua conversão para outras pessoas.
A maneira de abordar o assunto varia bastante. Alguns escrevem uma carta. Outros conversam durante o jantar. Outros ainda dão dicas, como presentear com livros sobre judaísmo, a fim de permitir que os pais se acostumem com a idéia da conversão. Há ainda aqueles que jamais contam aos pais.
Um conselho é você consultar o seu (sua) parceiro(a), um rabino ou um amigo de confiança que lhe ajude a decidir qual é a melhor forma de abordagem no seu caso. Esta sessão é um resumo dos pontos de vista de várias pessoas com experiência neste assunto. No entanto, não leve essas sugestões como se você tivesse necessariamente que seguí-las. Você precisa, acima de tudo, confiar no seu próprio julgamento. Só você sabe qual é situação. Aqui vão, então, as sugestões:
(1) Reflita sobre os seus sentimentos. Converse sobre eles com alguém. Pratique como se fosse um ensaio para o momento em que contará aos seus pais.
(2) A maioria dos especialistas considera que o melhor é contar pessoalmente para o pai e a mãe juntos. Por outro lado, esse é o momento que muitas pessoas consideram o mais difícil. Se isso não for possível, pense em alternativas.
(3) O melhor é contar aos seus pais o mais cedo possível. O perigo de adiar esse momento — como por exemplo só sugerir o tema de vez em quando mas não contar diretamente — é o risco dos seus pais virem a saber da sua conversão por meio de terceiros, o que poderá causar constrangimentos ou conflitos familiares. No caso de um casamento estar nos planos, o ideal é contar aos pais o mais cedo possível e permitir que eles participem da preparação para o casamento. Essa participação reforça que você não os abandonará após a sua conversão.
(4) Não há um momento certo para contar, mas certamente um anúncio dessa natureza não deve ser feito durante dias de óbvio significado religioso, como na Páscoa ou no Natal, tampouco em uma data de importância pessoal como no aniversário do seu pai ou da sua mãe.
(5) Entre os especialistas consultados há opiniões diversas se a pessoa deve levar ou não o parceiro judeu para essa conversa. A maioria deles disse que era melhor que fosse somente uma conversa entre pais e filho(a). No entanto, há quem precise do apoio e auxílio do seu parceiro para esse momento potencialmente difícil.
(6) Ao contar sobre a sua conversão para os seus pais, explique o que lhe atrai no judaísmo, como o judaísmo preencheu uma necessidade em particular, como ajudou na sua relação afetiva, e como agora você se sente mais próximo(a), e não mais distante, dos seus pais, em parte graças à ênfase do judaísmo na família. Deixe claro que você escolheu se converter livremente e que a conversão não se deve a uma pressão emocional do seu parceiro ou da família dele. A apresentação das suas razões deve vir acompanhada da garantia à sua família de que o seu amor por eles permanece, de que você obviamente continuará sendo filho(a) deles e que seguirá sendo parte da família. Alguns pais sentem-se rejeitados; por isso é fundamental esclarecer que não é esse o caso.
(7) Esteja preparado para uma gama de reações, do apoio ao choque, e até mesmo a plena reprovação. Mantenha a tranqüilidade, demonstre compreensão diante de qualquer resistência à sua idéia de se converter, mas defenda suas convicções. Seja cortês, mas firme.
(8) Após a visita, dê continuidade à conversa por meio de uma carta ou telefonema.
A imensa maioria dos convertidos entrevistados relataram que receberam apoio da parte dos seus pais, ou alguma resistência inicial seguida de apoio. Contudo, houve casos de resistência persistente.
Mesmo que seus pais rejeitem a sua conversão ao judaísmo, tenha em mente que a posição deles poderá mudar com o tempo. Contudo, busque o apoio no seu parceiro e dentro da comunidade judaica, sem deixar ao mesmo tempo de buscar constantemente manter um elo de comunicação com seus pais.
Acima de tudo, tente manter o bom humor, demonstre claramente seu amor aos que lhe são queridos, e a convicção de que se converter ao judaísmo foi uma decisão correta e consciente.
Créditos:
Texto adaptado do site em inglês www.convert.org com a permissão de Barbara Shair
Tradução: Uri Lam
Edição: Adriana Lacerda
Adaptação para o judaísmo brasileiro: Uri Lam


3 Comentários:
parabéns professor,muito bem explicado e facil de aprender e entender.
Este comentário foi removido pelo autor.
Olá, Parabéns pela iniciativa do blog.
Sem dúvida, o artigo é de extrema importância. O apoio da família, e em especial dos pais é fundamental; porém, como foi abordado, mesmo aqueles que não aceita a realidade, espero que seja uma questão de tempo, pois o tempo é o melhor remédio, e a tempo para todo propósito. Acredito que ao converter-se ao judaísmo, nada melhor para persuadir os familiares como o exemplo de uma vida transformada pelo caráter de Deus; Portanto, não é fácil, mas Deus deve ser o centro, por isso não devemos perde as esperanças, tão pouco desistir. Importante lembrar que a conversão não significa dizer que irá deixar de honrar seus pais, mesmo quando a religião é diferente; até porque o judaísmo é 100% família. No mais, desejo a todos muitas benção de Deus.
Abraço Antonio Neto.
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