Como discutir a conversão ao judaísmo
Dr. Lawrence J. Epstein
Esta informação é para aqueles que conhecem alguém que pode estar interessado em aprender sobre judaísmo. Talvez seja um cônjuge não-judeu, ou alguém casado(a) com seu filho(a), ou outro parente seu (sua).
Você gostaria de discutir sobre a conversão ao judaísmo com esta pessoa. Você deve ter muitas razões para isso. Talvez considere o judaísmo tão maravilhoso que você deseja compartilhá-lo com alguém muito querido. Talvez você simplesmente tenha orgulho de ser judeu. Talvez você pense que uma família deveria compartilhar uma mesma religião. Talvez você pense que os filhos de um relacionamento desse tipo se beneficiarão de uma herança judaica.
Há algumas diretrizes gerais para você seguir ao conversar sobre se tornar judeu.
(1) A parte mais importante da conversa sobre conversão é não ter medo ou relutância em discutir o assunto. Nunca nem mesmo se perguntou à maioria dos não-judeus se eles consideram a possibilidade de aprender sobre judaísmo. Muitos o fariam se simplesmente lhes fosse pedido para explorar o tema.
(2) Lembre-se que a conversão é um processo longo e não uma única ação. Tornar-se judeu pode ser estimulante e prazeroso, mas é uma decisão que requer apoio a longo prazo. Afinal de contas, converter-se significa mudar de religião e se unir a um novo povo.
(3) Já que uma atitude receptiva é a contribuição mais importante que você pode fazer, lembre-se de não fazer qualquer pressão emocional. Conversão é uma decisão pessoal. Quem quer que reflita sobre a conversão deve considerá-la cuidadosamente. Em vez de pressão, concentre-se em demonstrar amor e condescendência, duas qualidades judaicas vitais de grande importância ao lidar com a conversão.
Agora vamos às questões específicas sobre como discutir o tema da conversão. Há vários passos que você precisa dar:
1. Reflita sobre os motivos pelos quais você imagina que ser judeu é importante para você. Pessoas diferentes terão respostas muito diferentes para essas questões. Algumas gostam da beleza dos rituais judaicos. Outras admiram e se identificam com a brava história do Povo Judeu. Outros ainda acreditam que a fé judaica lhes ajuda a entender e lidar com a vida. Explore as suas próprias razões.
2. Pense por que você deseja que a pessoa com quem você se preocupa deva se tornar judia. Como tornar-se judeu irá ajudar esse indivíduo? Quais podem ser as contribuições positivas para a vida, casamento e relações familiares dessa pessoa se ela se tornar judia? As respostas para essas perguntas, naturalmente, dependerão da pessoa.
3. Decida qual é o melhor momento para abordar o tema da conversão. Em geral, em uma relação séria é importante levantar o assunto o quanto antes. Há ocasiões importantes na história de uma família que oferecem bons momentos para se conversar sobre conversão. Estes momentos incluem aquele em que a pessoa não-judia está para noivar ou se casar com alguém judeu, ou está casada e espera um filho. Não é aconselhável discutir o assunto durante os feriados religiosos não-judaicos.
4. Não há uma maneira correta única de pedir para que alguém considere a possibilidade de tornar-se judeu (judia). Uma forma é convidá-lo(a) para um bom restaurante, dizendo que você deseja conversar sobre algo que lhe é muito importante, ou que você quer conversar sobre a família. Após explicar por que é importante ser judeu, você poderia dizer algo como: “Você imaginaria fazer parte do modo de vida judaico?” A pergunta pode se seguir de um diálogo acerca dos benefícios de se tornar judeu para a pessoa. Outras possibilidades incluem convidar a pessoa para um sêder de Pessach (Páscoa judaica) ou para um bar ou bat mitsvá, ou ainda conversar sobre conversão quando falar sobre seus planos de ter uma família. É possível também dar presentear essa pessoa com livros de introdução ao judaísmo ou sobre conversão.
5. Esteja disposto a responder perguntas. Ajude quando for requisitado e forneça apoio constante. Por exemplo, é importante assegurar à pessoa que converter-se não significa que perderá contato com os pais, irmãos e irmãs. Tampouco que as recordações felizes da infância devam ser esquecidas. Além disso, não fique constrangido se lhe forem feitas perguntas sobre judaísmo e você não souber a resposta. Aprender sobre judaísmo juntos pode ser prazeroso e um modo de fortalecer a relação.
6. Se a pessoa expressar interesse em aprender, há vários passos importantes a dar. O melhor passo inicial é ter uma conversa com um rabino amigável. Algumas primeiras atividades adicionais incluem assistir a um serviço religioso seguido de um jantar de Shabat, ir a uma cerimônia judaica como um casamento, participar de um feriado religioso judaico, acender velas de Chanucá, assistir a uma aula de introdução ao judaísmo, visitar instituições judaicas, ler sobre judaísmo, assistir filmes sobre judaísmo, escutar música judaica, e outras.
Uma vez que a conversão é um assunto complicado, não há como responder a todas as perguntas aqui. Em vez disso você deve discutí-las com um rabino. Por exemplo, a pessoa que está pensando na possibilidade de se converter desejará saber os detalhes sobre quais são as exigências para a conversão. Este é o tipo de pergunta que deve ser discutida em detalhes com o seu rabino. Em geral, dependendo do movimento judaico ao qual está inserido, a discussão incluirá: a orientação de um rabino; um período de estudos em que a história judaica, as práticas e outros temas serão ensinados; a circuncisão para um homem ou, no caso deste já ser circuncidado, uma circuncisão simbólica, retirando-se uma gota de sangue do pênis; o comparecimento perante um tribunal religioso denominado Bet Din; a imersão na água; e uma cerimônia final que inclui receber um nome em hebraico. Também é importante ler livros sobre conversão, se possível conversar com pessoas que se tornaram judias, e discutir o assunto com a família.
Há aproximadamente 200 mil pessoas (1) nos Estados Unidos que optaram por se tornar judias. Elas fizeram isso porque descobriram no judaísmo um modo de vida maravilhoso e porque descobriram pessoas judias, assim como você, que os receberam bem.
Você gostaria de discutir sobre a conversão ao judaísmo com esta pessoa. Você deve ter muitas razões para isso. Talvez considere o judaísmo tão maravilhoso que você deseja compartilhá-lo com alguém muito querido. Talvez você simplesmente tenha orgulho de ser judeu. Talvez você pense que uma família deveria compartilhar uma mesma religião. Talvez você pense que os filhos de um relacionamento desse tipo se beneficiarão de uma herança judaica.
Há algumas diretrizes gerais para você seguir ao conversar sobre se tornar judeu.
(1) A parte mais importante da conversa sobre conversão é não ter medo ou relutância em discutir o assunto. Nunca nem mesmo se perguntou à maioria dos não-judeus se eles consideram a possibilidade de aprender sobre judaísmo. Muitos o fariam se simplesmente lhes fosse pedido para explorar o tema.
(2) Lembre-se que a conversão é um processo longo e não uma única ação. Tornar-se judeu pode ser estimulante e prazeroso, mas é uma decisão que requer apoio a longo prazo. Afinal de contas, converter-se significa mudar de religião e se unir a um novo povo.
(3) Já que uma atitude receptiva é a contribuição mais importante que você pode fazer, lembre-se de não fazer qualquer pressão emocional. Conversão é uma decisão pessoal. Quem quer que reflita sobre a conversão deve considerá-la cuidadosamente. Em vez de pressão, concentre-se em demonstrar amor e condescendência, duas qualidades judaicas vitais de grande importância ao lidar com a conversão.
Agora vamos às questões específicas sobre como discutir o tema da conversão. Há vários passos que você precisa dar:
1. Reflita sobre os motivos pelos quais você imagina que ser judeu é importante para você. Pessoas diferentes terão respostas muito diferentes para essas questões. Algumas gostam da beleza dos rituais judaicos. Outras admiram e se identificam com a brava história do Povo Judeu. Outros ainda acreditam que a fé judaica lhes ajuda a entender e lidar com a vida. Explore as suas próprias razões.
2. Pense por que você deseja que a pessoa com quem você se preocupa deva se tornar judia. Como tornar-se judeu irá ajudar esse indivíduo? Quais podem ser as contribuições positivas para a vida, casamento e relações familiares dessa pessoa se ela se tornar judia? As respostas para essas perguntas, naturalmente, dependerão da pessoa.
3. Decida qual é o melhor momento para abordar o tema da conversão. Em geral, em uma relação séria é importante levantar o assunto o quanto antes. Há ocasiões importantes na história de uma família que oferecem bons momentos para se conversar sobre conversão. Estes momentos incluem aquele em que a pessoa não-judia está para noivar ou se casar com alguém judeu, ou está casada e espera um filho. Não é aconselhável discutir o assunto durante os feriados religiosos não-judaicos.
4. Não há uma maneira correta única de pedir para que alguém considere a possibilidade de tornar-se judeu (judia). Uma forma é convidá-lo(a) para um bom restaurante, dizendo que você deseja conversar sobre algo que lhe é muito importante, ou que você quer conversar sobre a família. Após explicar por que é importante ser judeu, você poderia dizer algo como: “Você imaginaria fazer parte do modo de vida judaico?” A pergunta pode se seguir de um diálogo acerca dos benefícios de se tornar judeu para a pessoa. Outras possibilidades incluem convidar a pessoa para um sêder de Pessach (Páscoa judaica) ou para um bar ou bat mitsvá, ou ainda conversar sobre conversão quando falar sobre seus planos de ter uma família. É possível também dar presentear essa pessoa com livros de introdução ao judaísmo ou sobre conversão.
5. Esteja disposto a responder perguntas. Ajude quando for requisitado e forneça apoio constante. Por exemplo, é importante assegurar à pessoa que converter-se não significa que perderá contato com os pais, irmãos e irmãs. Tampouco que as recordações felizes da infância devam ser esquecidas. Além disso, não fique constrangido se lhe forem feitas perguntas sobre judaísmo e você não souber a resposta. Aprender sobre judaísmo juntos pode ser prazeroso e um modo de fortalecer a relação.
6. Se a pessoa expressar interesse em aprender, há vários passos importantes a dar. O melhor passo inicial é ter uma conversa com um rabino amigável. Algumas primeiras atividades adicionais incluem assistir a um serviço religioso seguido de um jantar de Shabat, ir a uma cerimônia judaica como um casamento, participar de um feriado religioso judaico, acender velas de Chanucá, assistir a uma aula de introdução ao judaísmo, visitar instituições judaicas, ler sobre judaísmo, assistir filmes sobre judaísmo, escutar música judaica, e outras.
Uma vez que a conversão é um assunto complicado, não há como responder a todas as perguntas aqui. Em vez disso você deve discutí-las com um rabino. Por exemplo, a pessoa que está pensando na possibilidade de se converter desejará saber os detalhes sobre quais são as exigências para a conversão. Este é o tipo de pergunta que deve ser discutida em detalhes com o seu rabino. Em geral, dependendo do movimento judaico ao qual está inserido, a discussão incluirá: a orientação de um rabino; um período de estudos em que a história judaica, as práticas e outros temas serão ensinados; a circuncisão para um homem ou, no caso deste já ser circuncidado, uma circuncisão simbólica, retirando-se uma gota de sangue do pênis; o comparecimento perante um tribunal religioso denominado Bet Din; a imersão na água; e uma cerimônia final que inclui receber um nome em hebraico. Também é importante ler livros sobre conversão, se possível conversar com pessoas que se tornaram judias, e discutir o assunto com a família.
Há aproximadamente 200 mil pessoas (1) nos Estados Unidos que optaram por se tornar judias. Elas fizeram isso porque descobriram no judaísmo um modo de vida maravilhoso e porque descobriram pessoas judias, assim como você, que os receberam bem.
(1) estimativas de 1994. Atualmente (2005) estima-se que há cerca de 300 mil pessoas que optaram por se converter ao judaísmo nos Estados Unidos. Não há estatísticas a respeito no Brasil. (NT)
Créditos:
Texto adaptado do site em inglês www.convert.org com a permissão de Barbara Shair
Tradução: Uri Lam
Edição: Adriana Lacerda
www.conversaojudaica.org


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